segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Travessia de Ana


A outra face

Ana, cadê teu sorriso?
Sua mágica no olhar
Aquela sensatez exata de 2+2?
De copos em copos você se deixou levar
E com a boca sempre pintada, caminha sobre vidros
Sem perceber os cortes no pé?

O que há Ana?

Qual melancolia discutiremos primeiro?

Ah! você não fala!

Prefere atormentar nos sonhos?

Vai lá Ana !
Me fala dos maus tempos
Das humilhações que passou
E da raiva, essa parte é boa (Risos)

Qual é ? Agora não quer mais conversa?

Vai Ana !
Fala da sua tristeza sórdida
Dos seus encontros ausentes de paixão
Me explica a tua podridão, o teu medo de caminhar

Tá chorando Ana?

Porque eu estou sorrindo? (sarcástico)

Olha pra cima, não percebe que só eu existo?
Você aparece quando eu quero
É a voz que me complica a mente
Me apagando, deixa-me sem luz

Calma Ana me deixe terminar!

Vê aquela estrela?

Vai pra lá Ana e só volte quando tiver boas notícias.


Um comentário:

  1. Fala comigo Ana. Essa Ana é o meu pensamento, às vezes ela grita quando deveria calar, às vezes ela cala quando deveria gritar. Ana vive atormentada dentro de suas próprias loucuras. Ana tem muito medo, embora quase nunca demonstre, mas Ana tem medo, medo de que nada de certo, medo de viver e morrer sozinha. Ana é feita de matéria frágil, pintada de rocha, mas só Ana sabe da suas fraquezas. Ana anda triste, ela quer um porto seguro, mas Ana caminha num mar de vidas, sonhos e não encontra onde atracar. Quem sabe onde Ana vai parar?
    Abraço amigo Sá.
    Vagner Souza

    ResponderExcluir

Já olhou pro céu hoje?